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Dependência química, um assunto sério e que merece nossa total atenção!

O consumo de substâncias psicoativas (drogas), transformou-se em um grave problema de saúde pública em praticamente todos os países do mundo. Dentre toda a repercussão e impactos do uso das substâncias psicoativas no mundo e em nosso país, as áreas da saúde e da educação têm colaborado com estudos, produções científicas e propostas de intervenção que buscam entender e tratar de maneira mais efetiva o uso e abuso de drogas.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) define droga como toda e qualquer substância que, introduzida num organismo vivo, pode modificar a sua estrutura anatômica e ou as suas funções fisiológicas, que quando usadas por um indivíduo, agem no seu sistema nervoso central, afetando a cognição, o humor e o comportamento.


A ação das substâncias psicoativas ocorre numa região cerebral denominada sistema de recompensa cerebral, que tem como função principal a de promover e estimular comportamentos que favoreçam a manutenção da vida e preservação da espécie, gerando sensações de satisfação e prazer.


Antes de falarmos de dependência química, temos que ter uma ideia do que são comportamentos adictivos.


Comportamentos adictivos são fatores bio/psicos/sócios/ambientais, adotados e desenvolvidos ao longo da vida e progressivamente de forma a suportar a pressão, os problemas ou tensão do dia-a-dia. São hábitos aprendidos somados aos biológicos, que juntos, culminam numa gratificação emocional, normalmente um alívio de ansiedade ou de uma dor emocional (angústia). São hábitos mal adaptativos que foram executados inúmeras vezes e acontecem quase automaticamente, quando em um momento de fragilidade psicológica busca-se o alívio a essa dor, através do prazer rápido, imediato.


O vício (dependência) é um mecanismo de fuga emocional, onde o indivíduo foge de sua dor por meio do prazer.


Define-se como Dependência Química o estado caracterizado pelo uso descontrolado de uma ou mais substâncias químicas psicoativas (drogas), com repercussões negativas em várias áreas na vida do usuário. É uma doença primária, crônica, progressiva e de determinação fatal, que atinge o indivíduo em diversos níveis: físico, mental, emocional e espiritual. Tal estado, assim como tal descontrole pode ser momentâneo ou permanente, mas tende a tornar-se progressivo com o passar do tempo, pois o cérebro jamais esquece a sensação provocada pela droga, sendo necessária total abstinência para a recuperação. Apesar das consequências desastrosas, se o tratamento não for de forma contínua, pode-se ocorrer recaídas e consequentemente a reinstalação da dependência, ou seja, após ter parado por um período, o indivíduo volta ao uso compulsório da substância psicoativa na mesma quantidade e forma que era usada antes de iniciar um programa de cuidado e abstinência. Pois, devido a neuroadaptação cerebral (alteração na estrutura do cérebro causada pelo uso da substância), a ação do uso inicial da droga que a princípio foi voluntária, passa a ser involuntária, uma necessidade neuropsicológica, isto é, o cérebro necessita da presença da droga para não entrar em síndrome de abstinência/fissura, onde o indivíduo é tomado por grande ansiedade e pensamentos obsessivos.


Mas, qual é o papel da Igreja diante de tamanho problema?

Apesar do preconceito, entendo ser urgente e necessária a intervenção da Igreja em programas diferenciados de prevenção e atendimento a usuários e familiares de dependentes de drogas.

A Igreja pode se preparar e se mobilizar ao cuidado do ser humano de forma integral, principalmente dos mais necessitados, não teria sido o próprio Cristo que disse: “(…) os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; não vim chamar os justos, mas sim os pecadores ao arrependimento” (Mc. 2:17).


Hoje, a dependência química e seus desdobramentos matam mais do que a soma de todos os conflitos armados que acontecem na face da terra. Não podemos ficar alheios a este quadro, muitos de nós, inclusive, estamos perdendo pessoas que amamos escravizadas pelo álcool e outras drogas. Hoje os dependentes não estão somente do lado de fora de nossas Igrejas, nas ruas e marquises de nossas cidades, eles fazem parte do nosso rol de membros, estão ao nosso lado nos cultos e muitas vezes em nossas próprias casas.


Como igreja de Cristo, precisamos nos preparar para atender estas demandas tão reais e presentes em nossas vidas. É nossa responsabilidade como Igreja, amparar o necessitado e socorrer o aflito, estes devem fazer parte do nosso foco de atuação, Jesus sempre demonstrou em suas ações registradas nos Evangelhos, seu cuidado e atenção pelos excluídos e carentes, que façamos a nossa parte, agindo como Cristo ordenou.


Precisa de ajuda? Estamos a disposição!


Por Edson Gomes - Teólogo, Especialista em Teologia Bíblica, Especialista em Dependência Química, Especialista em Religião/Espiritualidade na Prática Clínica, Especialista em Missões Urbansas, cursando Especialização em Neurociência e Comportamento.


Conheça o ACORD


O Ministério de Aconselhamento e Orientação a Dependentes Químicos e Familiares tem em sua missão, servir como instrumento do Senhor para assistir os dependentes químicos e suas famílias. O ministério realiza encontros semanais levando fé, esperança, solidariedade e, principalmente, Jesus para os que sofrem dentro desse quadro.

Reuniões todas as quartas às 20h00 na Capela da INCC.


Contato: Pr. Vitor Farinelli (19) 9 9255 9062 / 9 9265 7423

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