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Dia 1 I Semana de Oração pela Igreja Perseguida



"Finalmente, irmãos, pedimos que orem por nós. Orem para que a mensagem do Senhor se espalhe rapidamente e seja honrada por onde quer que vá, como aconteceu quando chegou a vocês." 2 Tessalonicenses 3:1

"Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês." (Mateus 5:12)


Nos últimos anos, a minha atenção foi cativada por um segmento do Corpo de Cristo que tem sido chamado de Igreja Sofredora.


Tratam-se daqueles que, por serem cristãos, foram sequestrados e sobre eles nada se sabe. Dos encarcerados nas mais diversas formas (domiciliar, pública, social, emocional etc.), dos deslocados de suas terras e casas, dos preteridos de professarem abertamente a sua fé e, ainda, daqueles que sofrem pela exclusão social ou pela angustiante miséria. É chocante notarmos que um em cada três cristãos no mundo de hoje sofre algum tipo de perseguição, e cerca de 120 milhões habitam em regiões onde há perseguição hostil.


Não podemos fechar os olhos, nem o coração, para esta Igreja que vive e sofre.


O sofrimento não é novo na história do povo de Deus. Em Atos capítulo 8, a Igreja que amava a Jesus e se ajuntava em Jerusalém passou por uma de suas mais fortes provações. No primeiro verso desse capítulo, Lucas nos diz que a Igreja era “perseguida”, utilizando aqui um vocábulo grego – diogmos – que significa um forte e visível ataque. Indicava que o sofrimento da Igreja nesta época de dispersão era perceptível por todos. Homens e mulheres eram mortos, outros encarcerados, famílias partidas ao meio e aqueles que conseguiam fugir deixavam para trás suas vidas e história. Essa “perseguição” era, portanto, um terrível sofrimento físico, visível e violento.


No segundo verso, Lucas nos diz que a Igreja “pranteava” a morte de Estêvão. O autor, inspirado, escolhe a expressão grega kopeton, que significa a dor da alma, ou bater no peito para expressar esse pranto. Mostra que a Igreja se melancolizava pelo caos ao seu redor e, assim, não havia apenas dor no corpo, mas também na alma. A Igreja chorava de forma visceral a morte de Estevão, e tantos outros, sofrendo tanto física quanto emocionalmente.


No terceiro verso, somos levados a ler que Saulo “assolava” o povo de Deus, utilizando-se aqui a expressão elumaineto, que possui a mesma raiz da usada em João 10:10, ligada à destruição da fé e das convicções quando se refere àquele que veio roubar, matar e destruir. Trata-se de um sofrimento espiritual quando os alicerces das convicções mais profundas são atacados.


Estes três níveis de sofrimento descritos em contexto de perseguição em Atos 8 (físico, emocional e espiritual) podem muito bem ilustrar as vias de dor da Igreja ao longo de sua história, bem como nos dias de hoje. Deve ensinar-nos que: (1) seguir a Cristo – e mesmo fazê-lo com devoção e fidelidade – não isenta o crente do sofrimento; (2) em meio a esses sofrimentos não estamos sós, pois maior é Aquele que está em nós; (3) o sofrimento é uma oportunidade de se alicerçar a fé – daquele que é provado no dia mau – e de expressar amor e sincera solidariedade – por parte daquele que pode estender a mão. (...)


Devemos orar e trabalhar para que: (1) Cristãos ao redor do mundo recebam exemplares da Palavra de Deus; (2) Os países e regiões onde há clara perseguição cristã possam experimentar abertura política, social e religiosa; (3) Cristãos sob perseguição sejam encorajados, e aqueles sob intensos ataques sejam fortalecidos no Senhor; (4) Sejam libertos os que, sob perseguição, foram encarcerados ou sequestrados; (5) Cristãos deslocados sejam apoiados para recomeçarem a vida em novas regiões; (6) O testemunho dos perseguidos possa guiar muitos aos pés do Senhor Jesus; (7) A Igreja livre possa juntar-se em um só espírito àquela que sofre perseguição.


Em um país da Ásia Central, vi recentemente irmãos que amam a Jesus colocando suas vidas, famílias, carreiras e reputação em risco, alto risco, para testemunharem do amor do Pai. É necessário nos juntarmos a eles para chorar com os que choram e encorajá-los a seguirem este caminho estreito, que os leva à alegria que se renova pela manhã.


(Texto de Ronaldo Lidório, publicado originalmente em: https://ronaldo.lidorio.com.br/wp/a-igreja-perseguida/)



"E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam. E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos."

A adoração rompe prisões!


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