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GC I Por que nessa Parábola Jesus enfatiza o arrependimento e o crer?



Versículos: Mateus 21:28-32

“28 — O que vocês acham? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: “Filho, vá hoje trabalhar na vinha.” 29Ele respondeu: “Não quero ir.” Mas depois, arrependido, foi. 30Dirigindo-se ao outro filho, o pai disse a mesma coisa. Ele respondeu: “Sim, senhor.” Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai? Eles responderam: — O primeiro. Então Jesus disse: — Em verdade lhes digo que os publicanos e as prostitutas estão entrando no Reino de Deus primeiro que vocês. 32Porque João veio até vocês no caminho da justiça, e vocês não acreditaram nele; no entanto, os publicanos e as prostitutas acreditaram. Vocês, porém, mesmo vendo isso, não se arrependeram depois para acreditar nele.”

Versão Nova Almeida Atualizada (NAA)


A parábola dos dois filhos.

Existe uma certa similaridade entre algumas parábolas. Na parábola dos trabalhadores na vinha (Mateus 20:1-16), Jesus ilustrou algumas verdades falando do trabalho em uma vinha. Nesta, mais uma vez o Mestre fala de uma vinha, mas a distinção entre as duas parábolas reserva-se aos personagens. Na primeira, Jesus fala de convocação de trabalhadores para a vinha de um rei. Na segunda, a vinha precisa de trabalhadores, mas o senhor daquela vinha convoca seus dois filhos para o trabalho. Entretanto, cada uma tem a sua lição própria diferenciada pelos princípios e finalidades inseridos no enredo de cada uma das parábolas.

Como a classe religiosa dos judeus era decididamente inimiga de Jesus e refutava tudo quanto era ensinado, também, com muita propriedade e inteligência, Jesus ensinava princípios de vida do Reino dos céus e redarguia com argumentos as insinuações maliciosas dos seus opositores. Nesta parábola, especificamente, Jesus faz uma distinção entre duas classes de pessoas que os judeus discriminavam: a classe religiosa e a classe desprezada dos pecadores, isto é, publicanos e meretrizes. Jesus, com sabedoria, não apenas reprovou esta discriminação, mas lhes ensinou o modo como Deus vê esse tipo de problema e como se resolve.


O prólogo da parábola (Mt. 21.23-27)

A finalidade dessa parábola objetivava responder a uma pergunta capciosa e maldosa da parte dos chefes religiosos dos judeus: “Com que autoridade fazes isso?” (v. 23) Utilizando seu método predileto através de parábolas, Jesus confrontava abertamente os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, e os levava a se irritarem pela capacidade que tinha de neutralizar todos os ataques intelectuais e religiosos contra sua pessoa.

Alguns episódios vividos e assistidos pelo povo de Israel tornaram amargos para a presunção daqueles chefes religiosos. Por exemplo, a entrada triunfal de Jesus pelas ruas de Jerusalém sendo aclamado e louvado pelo povo, que dizia: “Hosanas ao Filho de Davi” (Mt 21.9).

Todos esses elementos contribuíram para o plano de morte contra Jesus não muito depois daqueles dias. Essa classe de homens constituía-se de líderes políticos e religiosos que controlavam o Sinédrio.


A rejeição intelectual e teológica dos líderes de Israel (v . 23,25,26)

Naturalmente, os líderes de Israel temiam o avanço simpático entre Jesus e o povo, porque ensinava uma nova doutrina que confrontava os conceitos tradicionais da religião judaica. Na verdade, era a última semana que precedia a sua morte no Calvário. Então Jesus expos-se de modo muito mais claro e agressivo ao sistema religioso existente. Aqueles líderes buscavam alguma contradição em Jesus, alguma ação que ofendesse as leis da religião e do Estado, mas não conseguiam quando tentavam pegá-lo em algum erro nas discussões em público. Pelo contrário, eles sempre acabavam perdendo nos confrontos com Jesus.


A pergunta confrontante daqueles líderes, nesta feita, nas cercanias do Templo era: “Com que autoridade fazes isso?” Qual era a fonte da autoridade de Jesus para falar do modo como falava? Jesus deu-lhes uma resposta na forma de réplica, pela qual não puderam dizer nada (v. 24,25,27). Não havia nenhuma acusação plausível da parte daqueles judeus e, por isso, Jesus, consciente e seguro, sabia dar respostas que os deixavam sem qualquer contra argumentação. Jesus mudou sua tática de resposta fazendo-lhes uma contra pergunta sobre o que pensavam acerca do batismo de João Batista, uma vez que eles sabiam que o povo o tinha como grande profeta, e eles o rejeitavam. Tanto o povo quanto o próprio Jesus aprovavam o ministério de João Batista (Mt 3.5-7; Lc 7.29,30).“Com que autoridade?” era a questão daqueles líderes de Israel, pois eles controlavam o Sinédrio — o principal corpo administrativo judaico em Jerusalém.


Os chamados “anciãos do povo” eram, na verdade, os representantes das famílias que exerciam poder de influência sobre assuntos do governo local e no Templo. Todavia, os principais opositores de Cristo eram os fariseus que controlavam as sinagogas. Havia, também, dois outros grupos de políticos e religiosos, os herodianos e os saduceus, que não se misturavam aos escribas e fariseus, mas, dominados por uma inveja e ira contra Jesus, juntavam-se para fazer pressão contra Ele. Esses grupos inimigos procuravam meios pelos quais pudessem apanhá-lo desprevenido, levando-o a cair em alguma armadilha teológica ou religiosa. Não tendo assunto que pudesse desafiar a argúcia e o conhecimento de Cristo para fazê-lo cair, então partiram para colocar em julgamento a sua autoridade. Disseram eles: “com que autoridade dizes e fazes estas coisas?”, e Jesus respondeu sem lhes dar uma resposta objetiva, deixando no ar os pensamentos de seus inimigos intelectuais.


Em síntese Jesus não lhes disse nada; tão somente fê-los entender que a sua autoridade era tão óbvia quanto era a autoridade de João Batista. Não era praxe de Cristo desafiar as autoridades, isto é, os poderes supremos da nação, mas inevitavelmente não temeu opor-se aqueles homens. Nesse prólogo, a parábola deu a Jesus a oportunidade de contra-atacar seus inimigos e expor, mais uma vez, alguns princípios do Reino dos céus. Nada melhor que lhes responder através de uma parábola e, dessa feita, Ele o fez contando essa parábola de um pai e seus dois filhos.


Dois tipos de comportamento daqueles filhos:

Há uma expressão típica de Jesus em várias situações, quando precisava contra-atacar seus inimigos, que era: “Mas que vos parece?” (Mt 17.25; 18.12) Esta expressão era o prenúncio de alguma parábola que Ele apresentava. Na linguagem tipológica bíblica, a “vinha” sempre representou a Israel (SI 80.8-19; Jr 2.21; Ez 19.10). A resposta de Jesus era para aqueles israelitas que lhe faziam oposição continuamente e por isso, Jesus mais uma vez, conta a história de uma vinha, destacando um pai que era “senhor daquela vinha” e seus dois filhos.


O objetivo da parábola dos dois filhos

Quando propôs esta parábola, Jesus se preocupou em mostrar que aqueles dois tipos de filhos representavam duas classes de pessoas que se confrontavam no dia a dia da vida econômica e religiosa de Israel. Que classes eram essas? O primeiro filho corresponde aos pecadores, representados pelos publicanos e meretrizes, discriminados na sociedade israelita (v. 31), e o segundo filho corresponde à casta religiosa composta pelos príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo (v. 23), que honravam a Deus com os lábios, mas tinham o coração longe da presença do Senhor (Is 29.13).


Direitos iguais dos dois filhos em relação ao pai (v. 28)

Os dois filhos tinham direitos iguais dentro da casa do pai, bem como obrigações de respeito a ele. Não havia qualquer razão de discriminação entre ambos pelo pai, pois as circunstâncias eram as mesmas, bem como os benefícios e obrigações. O trabalho não era imposto pelo pai, mas foi um pedido, uma vez que, dentro de uma família, os negócios são do interesse de todos os seus membros. Entretanto, aqueles filhos deram respostas diferentes ao pai. A lição maior desse ponto está no fato de que no Reino de Deus não há acepção de pessoas, nem privilégios. Em relação ao Reino de Deus, não importa se são pecadores ou religiosos, todos tem direito a entrar, desde que tenham atitudes sinceras de arrependimento e fidelidade ao Senhor. Ninguém entra no Reino de Deus num estado de pecaminosidade, mas de purificação pelo sangue do “Cordeiro de Deus”. No entanto, o que se destaca neste ponto é a atitude de cada um daqueles filhos. Se trouxermos à contextualização, o fato de que Deus espera de seus filhos atitudes espontâneas e amorosas para com o Pai quando são convocados para o trabalho, não temos dúvidas de que essas atitudes positivas têm sido raras. A vinha depende da disposição dos filhos no sentido de atender a convocação do Pai Celestial para trabalhar (Jo 4.34).


Um retrato de Deus Pai

A figura do pai destaca-se na parábola. Ele não foi rude com seus filhos, nem os tratou com imposição. Apenas solicitou que o ajudassem na administração da vinha. Não se sabe por quais razões aqueles dois filhos foram maus, e não tiveram atitudes de respeito e consideração com o pai. Alguns comentaristas parecem acomodar-se a ideia de que o filho que disse não ao pai e, arrependendo-se, acabou indo trabalhar na vinha, esteja livre de um julgamento de sua atitude inicial. Na verdade, não. O arrependimento é o elemento de destaque no ensino de Jesus, mas a sua atitude inicial foi ríspida e dura para com o pai. O segundo filho não foi menos ou mais rude, porque sua atitude foi ainda mais reprovada por Jesus. Porém, neste ponto, é o pai que se destaca como alguém que deseja contar com seus filhos na administração da sua vinha. Ele é o retrato do Pai Celestial, sempre amoroso e pronto a dividir as responsabilidades pela sua vinha na terra, a sua igreja. Quando agimos displicentemente com a casa do Pai, a sua Igreja, nossa atitude não difere dos “filhos indolentes” da parábola. Naturalmente, a interpretação dessa parábola não se prende à resposta objetiva de Jesus aos judeus, mas sugere um ensino para o relacionamento dos crentes em Cristo com o Pai Celestial. É fato consumado que somos filhos de Deus, e alcançamos esse direito filial através de Jesus Cristo (Jo 1.12; Rm 8.14; G1 4.5).



A conduta reprovada dos filhos

Ambos os filhos receberam o mesmo pedido da parte do pai: “Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha” (v. 28), mas ambos deram respostas distintas ao pai. O primeiro filho disse “não”, mas arrependeu-se posteriormente e foi. O segundo filho disse “sim”, mas não foi trabalhar. Se analisarmos a conduta de ambos, concluiremos que os dois responderam mal ao pai. Qualquer argumento pró ou contra se desfaz pelo modo desrespeitoso que demonstraram.

Ambas as atitudes estavam sob o estigma da rebeldia

O primeiro negou-se a obedecer a ordem do pai; porém, depois, arrependeu-se. O segundo prometeu obedecer, mas, por fim, não o fez. O último, que disse “sim”, é tão desobediente como o outro, que disse “não”, mas acabou indo trabalhar na vinha do pai. Ambos demonstraram atitudes controversas, típicas de pessoas dominadas por sentimentos vulneráveis à rebeldia. A vantagem do primeiro filho é o fato de ter se arrependido e ido a vinha.


Quantos cristãos vivem na igreja usufruindo das bênçãos de Deus, mas são dominados por sentimentos de contrariedade. São vulneráveis às tentações da carne que militam contra o Espírito (G1 5.16,17).


Analisando a conduta dos dois filhos (v. 28,29)

O primeiro filho rudemente respondeu ao pai: - “não quero”. Uma resposta má, típica de um coração mau. Ele foi rude ao negar-se a obedecer a ordem do pai porque sua atitude exterior demonstrava sua natureza rebelde. Esse filho representa aquelas pessoas que não tem qualquer sensibilidade espiritual. O segundo “filho”, pelo contrário, respondeu positivamente: “Sim, eu vou”. Porém não foi. Prometeu uma coisa e logo fez tudo ao contrário. Demonstrou uma atitude inconsequente para com o pai. Esse filho nos mostra que houve contradição entre sua palavra e a realização daquele trabalho, entre sua promessa e seu cumprimento. Esse filho, pelo contrário, não teve arrependimento. Ele professou obediência aparente sem nenhuma intenção de obedecer. Sua atitude era hipócrita. Disse “Sim, senhor”, mas não estava disposto a fazer a vontade do pai.


A APLICAÇÃO DA PARÁBOLA

Jesus levanta a questão da autoridade (v. 31) No enredo da parábola Jesus quis destacar a sua autoridade sem discutí-la. Por isso, contra-atacou a indagação dos seus inimigos com outra pergunta. Eles questionaram: “Com que autoridade fazes isso?” Jesus lhes responde com outra pergunta relativa a origem do batismo de João e o que ele ensinava (Mt 21.31,32; Mc 1.4; Lc 7.29,30). Ora, falar de João Batista, personagem reconhecido pelo povo como grande profeta, não era o tipo de assunto que os chefes políticos e religiosos quisessem discutir com Jesus. Eles foram colocados num “beco sem saída”, pois, se negassem a origem espiritual do ministério de João Batista, seriam rejeitados pelo povo. João Batista tinha a aprovação do povo e, se negassem a procedência divina do seu ministério, estariam negando a autoridade espiritual dele. Jesus, então, diante da resposta diplomática daqueles homens em afirmar que não sabiam donde vinha a autoridade de João, contra-atacou com uma resposta seca e objetiva ao declarar: “Nem eu vos digo com que autoridade faço isso” (v. 27). Depois de neutralizar seus oponentes, Jesus reforça sua reposta contando-lhes a parábola. E começou com uma pergunta: “Mas que vos parece?” (v. 28) Ele expos sua parábola e, ao final, fez outra pergunta solene: “Qual dos dois fez a vontade do pai?” (v. 31) A resposta a esta pergunta de Jesus deve ser analisada sob a ótica da atitude de cada filho.


Ações versus palavras

Esses dois elementos, ação e palavra, revelaram o caráter daqueles filhos. Os dois tinham pecado contra a autoridade do pai. Um foi áspero e duro; o outro foi falso e mau.

Por esta imagem refletida pelos filhos podia-se estabelecer o verdadeiro caráter de cada um deles. O primeiro disse não, mas, arrependendo-se foi. Sua resposta foi do tipo que o pai não esperava dele. Entretanto, mudou de atitude depois. A Bíblia nos deixa entender que todo aquele que se arrepende de uma má conduta encontra acesso a Deus (Ez 33.14-16). O outro filho deu uma resposta positiva, a melhor que aquele pai podia ouvir; mas, na verdade, sua atitude era falsa. Existem muitos cristãos que tem lábios doces nas respostas, porém seus corações dizem o contrário (1 Jo 3.18).

Professam pertencer ao Senhor, mas são desobedientes e rebeldes.



Conclusão

Aprendemos nesta parábola que esses dois filhos representam duas classes de pessoas. Uma é aquela que exibe religiosidade, mas não passa de aparência, sem nenhum conteúdo. A outra é aquela classe pecadora, desprezada e discriminada, mas que pode ser alcançada pela graça de Deus porque não tem nada a esconder. Uma é falsa e dissimulada; a outra é pecadora, mas é autêntica, não esconde o seu pecado. A graça de Deus é para todos.



PERGUNTAS PARA PENSAR:

1. O que você acha que Jesus estava ensinando com essa parábola?

2. O que significa o pai?

3. O que significa cada atitude de cada filho?

4. Qual é a vontade do pai?

5. O que ele quer dizer que os publicanos e prostitutas estão entrando no Reino de Deus?

6. Por que Jesus cita João Batista?

7. Por que Jesus enfatiza o arrependimento e o crer?



Versículos para memorizar:

“...— Arrependam-se, porque está próximo o Reino dos Céus..” Mateus 3:2

“— O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo;

arrependam-se e creiam no evangelho.” Marcos 1:15

Versão Nova Almeida Atualizada (NAA)

 




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