“Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma.” Atos 23:11
O cerco contra Paulo se agrava. Ele comparecerá, por ordem do comandante romano, diante do Sinédrio judaico, o mesmo tribunal hostil que condenou Jesus à cruz e Estevão ao apedrejamento. Ele sabe que não pode contar com a justiça desse tribunal nem com a benevolência desses líderes de dura cerviz.
Na sua defesa, ele trata com cordialidade chamando-os de varões irmãos. Paulo amava seu povo e que andava com Deus e com a consciência tranquila. Obviamente ele não se refere ao seu passado sombrio como perseguidor da igreja, mas à sua vida após a conversão. Ao ouvir isso, Ananias ficou irado ao ouvir que Paulo vivera com toda boa consciência que ordenou ao membro do conselho mais próximo que batesse em sua boca. Para ele, Paulo era um deturpador da religião judaica que tinha de ser humilhado e condenado. Ele era conhecido pela sua má fama e violência, e sua ganância o tornou impopular junto ao povo. Assim como Jesus foi esmurrado quando compareceu diante do Sinédrio (João 18:22), também o foi o seu apóstolo. Paulo demonstrou respeito pelo cargo, mas não pelo homem que o ocupava. Ele chamou o sumo sacerdote de parede branqueada, isto é: hipócrita. Ananias foi assassinado poucos anos depois, no começo do levante judaico contra Roma, por ser amigo dos romanos.
A estratégia de Paulo na sua fala, por saber que o Sinédrio não acreditava na ressurreição, nem anjos, nem espíritos, Paulo afirmou que estava sendo julgado por causa da ressurreição dos mortos. Isso causou grande impacto no tribunal, o que o livrou de uma condenação unânime por parte do Sinédrio e o comandante resolveu, por precaução, retirá-lo do Sinédrio e guardá-lo em segurança na fortaleza.
Nesse momento de angústia, o próprio Senhor Jesus apareceu a Paulo na prisão e lhe disse: Coragem! Pois do modo porque deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma (23:11), mostrando que Jesus acompanha os seus. Naquela noite, o próprio Deus se colocou ao lado de Paulo, Deus se apresentou junto ao seu arauto. O maior encorajamento que Paulo recebeu para prosseguir resoluto foi a presença de Jesus. Ele recebeu naquele momento de abatimento e desânimo: coragem. O encorajamento não vem dos homens, mas de Deus. Brota do céu, emana da palavra de Deus vivo. O destino de Paulo não estava nas mãos dos judeus ou dos romanos. Nenhuma força na terra poderia colocar um ponto final no ministério de Paulo, antes que ele cumprisse todo o propósito de Deus.
Quando o inimigo se vê vencido pelo argumento, utiliza-se da violência. Os judeus resolvem matá-lo de forma traiçoeira, conspirando contra ele. Mais de quarenta judeus fizeram voto de que não comeriam nem beberiam enquanto não tirassem a vida de Paulo. O plano era fazer com que Paulo fosse levado ao tribunal pelas ruas e vielas estreitas da cidade, onde seria fácil interceptá-lo e assassiná-lo.
Mas graças a Deus que o Senhor usa vários meios para desarticular a conspiração contra Paulo, seu sobrinho, o centurião, o comandante e a escolta composta por infantaria e cavalaria. Deus providenciou que 470 soldados, quase a metade da guarnição do templo, protegessem Paulo, no traslado a Cesareia.
O comandante romano Claudio Lísias escreveu uma carta ao governador Tibério Cláudio Félix, e, sob forte escola armada, enviou o apóstolo Paulo a Cesareia, o quartel-general de Roma na Palestina. De Jerusalém a Cesareia eram 90 km.
O julgamento descrito em Atos 24 gira em torno de dois discursos, o de Tértulo, orador profissional levado a Cesareia pelos judeus, e o de Paulo. O discurso de Tértulo (24:2-4) é cheio de adulação, enquanto o de Paulo é breve e honesto (24:10b).
O discurso de Tértulo traz três acusações contra Paulo: tumulto, promoção de seita e sacrilégio, ou seja, Paulo foi acusado de estar contra a lei dos judeus, contra o templo e contra Cesar, sendo um promotor de sedições entre os judeus, agitador da seita e um profanador do templo.
O apóstolo Paulo se defende das três acusações e prova que os argumentos usados eram falsos. Paulo prova que não é um perturbador da paz e sim que fora para adorar a Deus e ofertar ao povo judeu, sendo um abençoador e não um causador de tumulto. Ele prova que o Caminho não é uma seita e também não era um profanador do templo, pois tinha o propósito principal de demonstrar amor à sua nação e também respeito às leis judaicas.
O governador Félix procurou conhecer mais acuradamente as coisas concernentes ao Caminho e adiou a causa, tratando-o com misericórdia, a ponto de o apóstolo ser servido por seus amigos e irmãos na fé cristã. O governador tinha uma curiosidade de ouvir Paulo, acompanhado de sua mulher Drusila.
Paulo não pregava para agradar e desenvolve seu discurso sobre três temas contundentes: justiça, domínio próprio e juízo vindouro. Felix tinha interesse em conseguir propina de Paulo pois era ganancioso e avarento. Tentou usar o apóstolo em seus jogos políticos. Mesmo sabendo que Paulo era inocente, deixou-o preso dois anos, apenas como trunfo político, para conseguir o apoio dos judeus.
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