Você crê em milagres? Conheça a História da Kelly Cristina.
- BOLETIM INCC
- há 1 dia
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Na manhã de 31 de maio de 2018, participei da emocionante reunião de despedida do Pastor Leonardo, carinhosamente conhecido como Pastor Leo, em nossa Igreja do Nazareno Central. De volta ao meu apartamento para as tarefas do dia a dia, um evento inesperado mudaria tudo.
Enquanto organizava a cozinha, uma dor de cabeça intensa e um estalo súbito me forçaram a deitar. Em meio ao desconforto, clamei a Deus, pedindo que não me deixasse partir sozinha.
Apesar de um mal-estar crescente, reuni forças para me trocar e chamar um Uber. Na portaria do prédio, o corpo já reagia aos sintomas, mas a determinação de buscar ajuda me levou ao hospital Casa de Saúde. Lá, descrevi o que sentia e recebi medicação para enxaqueca e vômito. A partir desse momento, a memória se apaga, retornando apenas 17 dias depois.

1ª Internação – Casa de Saúde
Soube que caí no banheiro. Permaneci internada sem diagnóstico fechado, pois não fizeram exames. Na sexta-feira (01/06), recebi alta, visto que os médicos acharam que eu estava melhor e em condições de ir para casa. Todavia, uma enfermeira percebeu que eu não estava conseguindo o contato dos meus familiares, desbloqueou meu celular com a minha digital para localizar alguém, e ela encontrou o número da Karen, minha cunhada, que fez contato com meu irmão Robson, informando que eu já estava de ALTA e era para buscar-me. Quando o meu irmão e sua esposa Bruna chegaram na Casa de Saúde, ele ficou aguardando no carro e minha cunhada foi ao meu encontro pensando que eu estava bem, mas, na realidade, eu precisava de mais cuidados médicos. Então, ela ligou para minha irmã de consideração, a Priscila, para falar como eu estava (sem condições de receber alta hospitalar); e a Pri pediu para a Bruna chamar o médico novamente, pois algo estava acontecendo. A Bruna chegou na Enfermaria e conversou comigo; reparou que eu tinha feito minhas necessidades fisiológicas na cama por não ter condições de se levantar para ir ao banheiro. Nisto, os médicos chegaram e a Bruna perguntou: como estaria bem e de alta nesse estado? Foi quando eles resolveram fazer uma Tomografia e descobriram que eu tinha tido um AVC - Aneurisma Hemorrágico no cérebro. Neste momento, intensificou a minha luta, pois precisava de uma ambulância UTI móvel para ser transferida para a UTI do Hospital da PUC. Todavia, já era um milagre estar viva.
2ª Internação – PUC
Na chegada à PUC, fui encaminhada para a UTI e entubada, pois o médico queria ver como meu cérebro iria reagir na primeira cirurgia, que já estava sendo preparada pelas equipes de Neurologista e Cardiologista. Os médicos questionaram se eu bebia, fumava ou usava algum tipo de droga, ao que minha família respondeu: Não. Na sequência, foi assinado um Termo de Responsabilidade e a primeira cirurgia se iniciava. Passaram-se duas horas e sem sucesso, pois havia muito líquido e sangue no cérebro. O cardiologista da UTI disse que quem tivesse fé era para se apegar e acrescentou: “Vamos aguardar 12 horas para a próxima cirurgia, que tem previsão de 7 horas de duração”. Minha família, sem entender e acreditar no que havia acontecido comigo, orava, sabendo que somente Deus poderia intervir na situação em que eu me encontrava; nem os médicos acreditavam que eu resistiria às próximas horas para a realização da segunda cirurgia. Meus pés e minhas mãos sem cor; minha pele pálida e gelada, como se não estivesse correndo sangue. Fui ungida e, na recepção do hospital, família e amigos deram as mãos e oraram e clamaram por mim, pois só Deus poderia mudar o quadro, realmente só um milagre. Como na UTI só é permitido apenas a entrada de duas pessoas em um período de 30 minutos, após orarem, minha família foi embora. No sábado, por volta das 7 horas, iniciou a segunda cirurgia, que durou 7 horas para retirar o aneurisma no meu cérebro, e essa tinha que esperar algumas horas para a realização de uma nova tomografia para ver como o meu cérebro estava reagindo. Tive pioras devido à meningite; a cada visita, minha família e amigos intercediam por mim, viam o milagre que Deus estava realizando em meu favor. Em determinado momento, meu cérebro começou a não absorver o líquido que subia da coluna e tive uma recaída. Sentia muito sono e foi necessário colocar um dreno para retirar o líquido, além da luta contra a pressão alta, que não queria baixar. Tomava duas medicações de pressão pela artéria e, mesmo assim, não baixava devido às complicações. Tenho as veias finas e, portanto, difícil de encontrar. Como estava há muitos dias na UTI, já não tinha mais como encontrar as veias. Houve um momento em que, por 3 dias, os enfermeiros fizeram tentativas seguidas, mas sem conseguir. Então, foi pedido um aparelho Raio-x e cinco enfermeiros tentaram encontrar veia para medicação, pois era preciso retirar um abcesso da artéria principal, sendo a veia que vai direto para o coração, e eu corria risco de infecção no coração, o que seria fatal. Quando conseguiram encontrar a veia, os enfermeiros na UTI bateram palmas. Devido aos medicamentos muito fortes, estava como criança; arranquei todos os abcessos e só restou o que estava no pescoço da artéria do coração.
A mente, muito longe da realidade, falava coisas sem sentido e fazia coisas fora do meu normal. Minha família, irmãos em Cristo e amigos ficavam preocupados, afinal, os médicos, já sem ter o que fazer, aguardavam os dias passarem para ver qual seria o resultado, considerando que eles já tinham feito de tudo, utilizado todos os recursos deles. Uma pessoa muito próxima da família, o Irmão Edjalma, contou-me que, no dia em que me visitou, encontrou a equipe médica que estava cuidando de mim e, dentre eles, estava o Dr. Carlos Alberto M. Melro, o mesmo médico que, coincidentemente, havia sido cirurgião dele também. O Dr. Melro disse-lhe que a minha situação era muito grave e que era preciso orar e apegar-se a Deus, pois minha pressão arterial estava muito alta, podendo causar novos aneurismas e ser irreversível. Declarou, ainda, que tinha certeza de que eu teria sequelas graves. Mas, depois que tive alta, meu amigo fez contato com esse médico e disse-lhe como eu estava. O próprio médico reconheceu que foi um milagre. Glória a Deus!! Houve dias em que os médicos disseram para a minha família se preparar, orar, pois não sabiam mais o que fazer, mas, muitos irmãos estavam intercedendo por mim, dentre eles, a equipe do Berçário e os componentes do Coral Nazareno do qual eu fazia parte.
Entretanto, nosso Deus tem propósitos que não conhecemos. Os dias foram passando e o meu organismo foi reagindo aos antibióticos e ao anticoagulante. Era o milagre acontecendo. Venci no nome de JESUS CRISTO. Ao todo, foram 21 dias de internação, sendo 19 dias na UTI e 5 cirurgias. Muitas lutas, mas muitas bênçãos sobre minha vida. Pude contemplar os planos de Deus sobre mim. Nesta data, completo 7 anos, vivo o milagre do dom da vida que o Senhor Jesus me deu para O glorificar.
A glória de Deus se renova em mim dia após dia. Agradeço a Ele pela minha cura! Eu vivo o milagre de Deus!
Se você está esperando por uma cura, não perca a fé. O mesmo Deus que operou na minha vida está agindo também na sua. Mesmo que os relatórios médicos digam o contrário, creia no poder do Deus que cura, transforma e faz o impossível acontecer.
"Eu sou o Senhor que te cura." Êxodo 15:26
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